quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Meu Reveillon

Coloquei meu vestidinho tomara que caia e meu sapatinho escarpin preto de verniz (que a partir do momento que calço já doi o pé), e fui pra festa com minha prima Júlia, no caminho pegamos o Diego, um amigo e fomos todos juntos. Meus pais nos deram uma carona e foram pra outra festa depois. O trânsito na região da Pampulha estava péssimo. Chegamos na tal festa depois de rodar feito "baratas tontas" pela Pampulha, pois ficamos perdidos entre tantos desvios por causa dos fogos que acontecem ali. Chegando na festa (que me falaram que seria "povinho alternativo", mas descobri que alternativo agora é sinônimo de gay), fui logo procurando comida, mas só tinha um resto de frango desfiado e nada pra acompanhar o frango, então resolvi beber qualquer coisa mesmo, e eu que não gosto de cerveja, começei tomando uma. Assim que vi o pão de queijo na mesa, fui lá comer, ai começaram os queijinhos, linguiçinhas, pãezinhos e afins.
Mas parecia que eu era uma das poucas pessoas preocupadas em comer, o negócio do povo é beber mesmo ne? e ai ficam loucos. Eu presenciei no mínimo 5 tombos: 3 na escada, 1 na área da piscina e 1 de cadeira que virou mesmo. Vi gente vomitando a bílis - um fluido produzido pelo figado (produz cerca de um litro de bile por dia), armazena-se na vesícula biliar - capacidade de armazenar 20 - 50 ml de bile - e atua na digestão de gorduras, determinados microorganismos para evitar a putrefação de alguns alimentos e na absorção de substâncias nutritivas da dieta ao passarem pelo intestino. Enfim... E teve uma que desmaiou na piscina. Não sei se afogou, porque estava bêbada, só vi o tumulto em volta dela e o namorado desesperado. Lembrei da universitária que morreu recentemente num cruzeiro. Fiquei com medo de ter uma morte na festa também. Que horror!
Bom, como 90% da festa era gay, a única oportunidade de beijar na boca seria de um carinha que veio falar comigo que ele e a namorada estavam beijando outras pessoas e se eu gostaria de participar. Eu agradeci educadamente, não fiz cara de espanto, agi naturalmente como se eu achasse aquilo absolutamente normal, e ele saiu um pouco decepcionado. Eu continuei dançando com meus amigos e a festa já estava quase acabando.
6:00 da manhã ligamos pra um táxi e ele ficou perdido por causa do desvio e a telefonista nos ligou comunicando que ele não iria chegar lá. Então pegamos carona com a Mari e o Túlio até o meio do caminho e esperamos um ônibus mesmo. No ponto cantamos todas as músicas bregas que conheciamos entre elas: bate forte o tambor, eu quero é tic tic tic tiquitá (esse era o nível). Após 20 músicas e várias businadas pra gente, chegou o bentito ônibus e voltamos pra casa felizes da vida. Afinal ano novo, vida nova!

2 comentários:

  1. Claudia que festa de ano novo foi essa que vc foi minha filha...
    Ate beber cerveja vc bebeu cade os vinhos...
    Feliz 2009 pra vc...
    Bjos

    ResponderExcluir
  2. Realmente, este ano novo vai entrar para a história!
    Beber, cair, levantar, cantar na rua e ser feliz são ações que todos nós devemos experimentar uma vez na vida.
    Atire a primeira pedra, quem nunca aproveitou uma noite assim! rsrsrs

    Beijos

    ResponderExcluir