Ontem fui em uma festa junina chiquereresíma, onde o convite feminino estava sendo vendido por R$ 220,00 e masculino a R$ 300,00. Mas claro que eu fui porque super ganhei o convite de uma amiga que é noiva de um cara que vende essas tendas pra evento e ai ele conseguiu duas cortesias pra gente.
Ficamos lá as duas pobres fingindo que têm dinheiro pra pagar mais de R$200,00 reais numa festa. Fiz escova e chapinha no cabelo, pintei as unhas de vermelho e coloquei a minha bota de sintético disfarçada de couro.
Tomei suquinho, comi churrascquinho, docinhos, milho verde e caldos. Ufa! Era coisa de mais pra comer. Nem aguentei olhar pra cara do cachorro-quente, muito menos pro macarrão que pareciam deliciosos, como todo o resto.
Tava tudo indo muito bem, uma banda de forró tocando, com uma vocalista que pensava que era a Cláudia Leite, enfim, até que começou a chover muito e a primeira coisa que pensei foi: "E choveu, cabelim incolheu"! Vamo lá todo mundo cantando. Só deu a mulherada escondendo o cabelo no capuz da blusa e eu que não tinha um, pedi o cachecol da Renatinha emprestado e enrolei na cabeça como se fosse um turbante. Vi que todos estavam olhando muito pra mim, porque eu deveria tá realmente muito estilosa com um turbante no cabelo, afinal não é nada normal a gente vê isso por aqui. Vi então que outras mulheres que estavam por perto se sentiram encorajadas a fazer o mesmo e tacaram cachecol ou lenço na cabeça, mas cada uma deu seu jeito de proteger a chapinha. Foi nessa hora que descobrimos quem tinha o cabelo liso de verdade, ou seja, só aquelas que não se preocuparam em esconder as madeixas da chuva. Mas eu não poderia chegar bela e sair a fera da festa, com o cabelo todo pro céu.
Bom, como nem todas as partes da festa eram cobertas por tendas, o pessoal que estava espalhado nas partes desprotegidas, vieram todos pra parte protegida e então pude perceber como estava cheio aquele lugar e tivemos que ficar parados uma hora na mesma posição, daí já me veio outro funk na cabeça: ! "Para na posição, para na posição". Porque não dava nem pra tirar o braço do lugar pra coçar o nariz. E foi ai que vi que eduação não tem nada haver com grana. O pessoal empurrava mesmo, passava trombando sem pedir licença, uma coisa hororosa. No fim da chuva eu e Renatinha fomos comer mais um pouco e um cara me viu toda encolhida e perguntou: " Isso tudo é frio morena? Vê se meu coração tá quente", e pegou a minha mão e levou até o seu peito. Eu tirei rapidamente minha mão do seu peito gordo e nojento e falei: "Não, seu coração tá frio". E ele falou algo do tipo: "Então vamos nos esquentar?" eu respondi: Não , não , obrigada". Ele de novo: "Mas você é meio fria né?". Eu disse: É, sou de escorpião. Ele de novo (não desistia nunca): "Acho que câncer e escorpião combinam hien? Eu sem paciência já: "Não combinam não, não dou certo com minha mãe". Ai o cara se mancou e saiu de perto. Putz! Um cara velho com cantadas mega retardadas. Cada vez eu me desiludo mais com os homens.
Bom, hora de ir embora, ouvimos uma musiquinha mais dance no carro, porque musiquinha de festa junina enjoa aos ouvidos se tocadas por pouco tempo, imagina numa festa inteira. Mas mesmo com tudo isso, foi ótimo e me diverti bastante.
Renatinha continua com seu noivo pra gente ter sempre convites vips pra festas mega bakanudas como essa hein! Hahahaha.